Conforme informa Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a insuficiência ovariana precoce, também chamada de falência ovariana prematura, é uma condição que provoca interrupção da função ovariana antes dos 40 anos, impactando diretamente a fertilidade feminina. Essa alteração hormonal causa queda nos níveis de estrogênio e aumento do hormônio folículo-estimulante (FSH), levando à irregularidade ou ausência de ciclos menstruais. Para muitas mulheres, o diagnóstico surge de forma inesperada, trazendo não apenas preocupações sobre a possibilidade de engravidar, mas também efeitos sobre a saúde geral, incluindo riscos cardiovasculares e ósseos.
Principais causas da insuficiência ovariana precoce
Embora algumas mulheres apresentem a condição sem causa aparente, diversas situações podem desencadear a falência ovariana. Fatores genéticos, como alterações nos cromossomos sexuais, estão entre as causas mais comuns. Mulheres com síndrome de Turner ou portadoras de mutações no gene FMR1, associado à síndrome do X frágil, possuem maior risco de desenvolver insuficiência ovariana precoce.
Por outro lado, Tosyn Lopes comenta que agressões externas, como quimioterapia, radioterapia pélvica ou cirurgias nos ovários, também podem comprometer o tecido ovariano, reduzindo drasticamente a reserva folicular. Doenças autoimunes, nas quais o sistema imunológico ataca células ovarianas, representam outra possível origem, embora sejam menos frequentes. Em adição a isso, hábitos de vida, como tabagismo ou exposição a toxinas ambientais, podem exercer influência negativa sobre a função ovariana.
Sintomas e impacto emocional
Os sintomas da insuficiência ovariana precoce incluem irregularidade menstrual, ondas de calor, sudorese noturna, diminuição da libido e alterações emocionais, como ansiedade ou tristeza. Em algumas mulheres, esses sinais aparecem gradualmente, enquanto em outras, surgem de maneira súbita, provocando grande impacto psicológico.

Conforme destaca Oluwatosin Tolulope Ajidahun, muitas pacientes enfrentam sentimentos de frustração e luto diante da perda inesperada da função reprodutiva. Por isso, além da investigação médica, o suporte emocional é considerado parte essencial do tratamento, auxiliando as mulheres a lidar com os desafios impostos pela condição. É importante também monitorar o metabolismo ósseo e cardiovascular, visto que a deficiência hormonal prolongada pode acelerar osteopenia ou aumentar o risco de doenças cardíacas.
Diagnóstico e exames indicados
O diagnóstico da insuficiência ovariana precoce baseia-se na combinação de sintomas clínicos e exames hormonais. Mulheres com ciclos irregulares ou amenorreia devem realizar dosagens de FSH, estradiol e hormônio antimülleriano (AMH), marcador importante da reserva ovariana. Valores elevados de FSH, medidos em duas ocasiões diferentes, costumam confirmar o diagnóstico, especialmente se acompanhados de níveis baixos de estrogênio.
Tosyn Lopes ressalta que, em algumas situações, pode ser necessário realizar exames genéticos, como o cariótipo ou análise do gene FMR1, principalmente em mulheres jovens ou com histórico familiar de menopausa precoce. A avaliação cuidadosa permite esclarecer a causa da falência ovariana e orientar as possibilidades de tratamento ou preservação da fertilidade, se ainda houver folículos remanescentes.
Caminhos para a maternidade
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, embora a insuficiência ovariana precoce seja uma condição desafiadora, existem alternativas para mulheres que desejam engravidar. Em casos raros, a função ovariana pode retornar de forma intermitente, permitindo gravidez espontânea. No entanto, para a maioria das pacientes, a ovodoação representa a opção mais eficaz para alcançar a maternidade.
Tosyn Lopes explica que a fertilização in vitro (FIV) com óvulos de doadoras apresenta altas taxas de sucesso e oferece a possibilidade de gestação biológica, mesmo na ausência de óvulos próprios. Além disso, para mulheres diagnosticadas muito jovens ou em tratamento oncológico, a criopreservação de óvulos ou embriões antes da falência ovariana pode ser uma estratégia fundamental para preservar o sonho da maternidade no futuro. O acompanhamento multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos, é fundamental para garantir não apenas a saúde reprodutiva, mas também o bem-estar global da mulher diante desse diagnóstico.
Autor: Joseph Lemes
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.