A preocupação com a estética não pode estar acima da segurança. Segundo o cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, o aumento na busca por transformações rápidas e de baixo custo tem levado muitas pessoas a recorrer a cirurgias plásticas ilegais, que oferecem riscos graves à saúde e, em alguns casos, podem ser fatais. Portanto, entender os perigos e reconhecer práticas seguras é essencial para proteger a vida. Confira!
O que caracteriza as cirurgias plásticas ilegais?
As cirurgias plásticas ilegais são procedimentos realizados por profissionais sem formação adequada ou em locais que não seguem normas de segurança e higiene. Frequentemente, envolvem o uso de substâncias não autorizadas ou técnicas improvisadas. Muitas vezes esses procedimentos são oferecidos como soluções rápidas e baratas, mas escondem consequências irreversíveis.
Entre os riscos mais comuns estão infecções graves, necrose de tecidos, deformidades permanentes e complicações sistêmicas que podem levar à morte. Além disso, o paciente não recebe acompanhamento adequado no pré e no pós-operatório, o que aumenta as chances de insucesso. Como ressalta o cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, o barato pode sair muito caro quando a saúde é colocada em segundo plano.

Por que as pessoas ainda procuram cirurgias plásticas ilegais e como identificar profissionais e clínicas seguras?
A principal razão é o preço reduzido em comparação com procedimentos realizados por especialistas credenciados. Hayashi explica que muitas pessoas acreditam que estão economizando, mas acabam se expondo a riscos graves. Outro fator é a desinformação: promessas milagrosas e resultados rápidos atraem pacientes que desconhecem as exigências legais da prática médica.
Para evitar armadilhas, é fundamental verificar se o médico possui registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) e se é especialista em cirurgia plástica reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Ademais, o hospital ou clínica deve estar devidamente autorizado pela Vigilância Sanitária. Consultar referências e esclarecer todas as dúvidas também faz parte de uma decisão responsável.
Quais são as substâncias mais perigosas usadas ilegalmente?
Um dos maiores riscos está no uso de materiais clandestinos, como o silicone industrial e o metacrilato. Esses produtos não são indicados para fins médicos e podem provocar inflamações, rejeição do organismo e deformidades irreversíveis. Muitas complicações decorrentes dessas substâncias exigem cirurgias corretivas complexas, que nem sempre conseguem recuperar totalmente os danos.
Para Hayashi, campanhas de conscientização são essenciais para alertar a população sobre os perigos das cirurgias ilegais. A informação correta ajuda os pacientes a distinguir procedimentos seguros de práticas arriscadas. Além disso, fortalece a importância de escolher profissionais qualificados, valorizando a saúde em primeiro lugar.
Quem deseja realizar uma cirurgia plástica pode recorrer a profissionais habilitados, hospitais certificados e técnicas aprovadas pelos órgãos de saúde. Embora o investimento seja maior, os riscos são significativamente menores. Existem ainda possibilidades de financiamento e parcelamento que tornam os procedimentos acessíveis sem abdicar da segurança.
Cirurgias plásticas ilegais: um problema de saúde pública?
Sim, trata-se de um grave problema de saúde pública. A alta incidência de complicações decorrentes de procedimentos ilegais sobrecarrega o sistema de saúde, uma vez que muitas vítimas precisam de internações prolongadas e cirurgias reparadoras. A prevenção, nesse contexto, é a forma mais eficaz de proteger vidas e reduzir custos para toda a sociedade.
Em suma, optar por profissionais especializados e locais devidamente credenciados é a única maneira de garantir segurança nos resultados. De acordo com Hayashi, a cirurgia plástica deve ser encarada não apenas como um procedimento estético, mas como uma intervenção médica séria, que exige responsabilidade e respeito à vida. Colocar a saúde em primeiro lugar é o passo mais importante para alcançar a satisfação estética sem riscos desnecessários.
Autor: Joseph Lemes