Após quatro semanas consecutivas de fluxos positivos, os fundos com exposição a criptomoedas perderam US$ 6,5 milhões em ativos sob gestão na semana passada. Os dados são da CoinShares. Apesar da queda, os fundos com exposição a Ethereum receberam US$ 6,6 milhões em investimentos. Além disso, brasileiros alocaram R$ 3,3 milhões em fundos cripto na última semana.
Perdas em AUM
As maiores perdas em ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês) ocorreram nos fundos com exposição ao Bitcoin
, como é de costume. Entre os dias 17 e 23 de julho, os fundos cripto que apostam na alta do BTC perderam US$ 13 milhões em AUM.
Os fundos cripto com exposição a Litecoin (LTC) perderam US$ 300 mil em AUM, enquanto aqueles ligados ao preço de uma cesta de criptoativos recuaram US$ 400 mil em capital alocado.
Mas a semana passada não registrou apenas quedas em AUM dos fundos cripto. Os fundos com exposição a ETH saltaram US$ 6,6 milhões em ativos sob gestão, marcando o maior fluxo semanal de capital das últimas quatro semanas.
O interesse em fundos com exposição à criptomoeda XRP (XRP) também aumentou, conforme indica o aumento de US$ 2,6 milhões em AUM destes instrumentos de investimento. Os fundos ligados ao preço de Solana (SOL), Polygon (MATIC) e outros criptoativos somaram US$ 3,4 milhões em aportes na última semana.
Além disso, há um dado interessante indicado pelo relatório da CoinShares: o AUM de fundos apostando na queda do Bitcoin também sofreram quedas, recuando US$ 5,5 milhões.
A queda nos investimentos em fundos ligados à valorização do BTC, então, pode estar ligada a um movimento de realização de lucros ou de realocação de capital em outros ativos digitais. De acordo com os dados expostos, é menor a probabilidade de uma mudança brusca no otimismo demonstrado por investidores institucionais nas últimas quatro semanas.
Brasileiros recuperam apetite
Entre os dias 26 de junho e 16 de julho, investidores brasileiros estavam retirando capital dos fundos com exposição a ativos digitais. Na última semana, porém, os fundos cripto sediados no Brasil tiveram o terceiro maior crescimento em AUM. Os aportes totalizaram US$ 700 mil, aproximadamente R$ 3,3 milhões.
A Suíça foi o país com maior fluxo de investimento em fundos com exposição a criptomoedas, que cresceram US$ 12,1 milhões em AUM. A Alemanha ficou em segundo lugar, exibindo um saldo positivo de US$ 1,9 milhão.
Canadá e Estados Unidos mostraram as maiores quedas em AUM, com saídas de US$ 12,2 milhões e US$ 8,9 milhões, respectivamente.