Você já parou para pensar nos motivos pelos quais não existe uma cultura filantrópica no Brasil? Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini, dois filantropos brasileiros acreditam que, para muitas pessoas, filantropia e trabalho social são sinônimos, o que não é verdade e acaba em falta de incentivo para ações filantrópicas. Se você deseja saber mais sobre esse assunto, continue a leitura e tire suas dúvidas.
Por que filantropia e o trabalho social não são a mesma coisa?
Como dito anteriormente, muitas pessoas acreditam que filantropia e trabalho social são sinônimos. Entretanto, Wemerson Paneguini nos explica que a filantropia, diferentemente do trabalho social, procura agir na raiz dos problemas e das desigualdades sociais. Sendo assim, não é uma maneira de amenizar o trágico cenário atual, mas sim, a busca pela transformação da sociedade.
Onde a filantropia atua?
Em segundo lugar, Ana Lúcia Lopes Paneguini explica que a filantropia está presente nos mais diferentes setores da sociedade. Sendo assim, é possível ser um filantropo da área da saúde, da educação, social e ambiental. Diversas empresas já trabalham com ações que visam incentivar trabalhos de grande expressão para que mais pessoas possam ser beneficiadas por eles.
A filantropia no Brasil
Quando se trata do quadro filantrópico brasileiro, infelizmente temos números extremamente baixos se compararmos a nações como, por exemplo, os Estados Unidos. Segundo Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini, o Brasil ocupa o 68º lugar no ranking global de filantropia. Logo, é de suma importância que voltemos nossos olhos para esse cenário, a fim de mudarmos de maneira efetiva.
Por que não existe uma cultura filantrópica no Brasil?
De acordo com Wemerson Paneguini, o Brasil caminha a passos curtos em relação à filantropia pela falta de incentivo às doações, mas principalmente pela escassez de incentivos tributários. Isso porque, o Brasil é uma das poucas nações que tributa doações. Esse é um dos motivos pelos quais vemos os Estados Unidos liderando o ranking global, onde fatores como esses não são vistos apenas como responsabilidade dos governantes.
Como estimular ações filantrópicas?
Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini acreditam que o primeiro passo para incentivar ações filantrópicas é criando a consciência de que nós também podemos contribuir para mudanças significativas na sociedade. Além disso, de maneira prática, é de suma importância que se tire impostos como, por exemplo, o Imposto de Transmissão de Causas Mortis e Doação (ITCMD), que leva até 5% do valor das doações.
Logo, é interessante que ações filantrópicas também sejam incentivadas através de mudanças tributárias. É necessário impulsionar ações que façam com que o poder público elabore e aprove leis com foco no desenvolvimento social e ambiental. Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini explicam que apenas dessa forma poderemos ver uma mudança no cenário filantrópico nacional.