Mesmo assim, analistas seguem otimistas com halving da criptomoeda servindo de catalisador
O bitcoin recuou nesta sexta-feira (12) seguindo o sentimento de aversão a risco que dominou a maior parte dos ativos.
As tensões geopolíticas no Oriente Médio estão por trás de uma boa fatia das tomadas de decisão cautelosas no mercado, que teve entre seus efeitos a forte queda nas bolsas de Nova York.
Por sua vez, analistas seguem otimistas com a perspectiva para o ativo, à medida que o halving do bitcoin — que reduzirá a oferta de tokens — se torna um catalisador chave para as criptomoedas.
Às 16h30 (de Brasília), o bitcoin recuava 4,85%, a US$ 66.939,37, e o ethereum caía 8,43%, a US$ 3.247,66, segundo a Binance.
“Superficialmente, o bitcoin parece ter perdido direção, mas o movimento dos preços mostrou uma força fundamental na quarta-feira”, disse Yuya Hasegawa, analista da exchange de criptomoedas Bitbank, lembrando da divulgação da inflação mais forte que o esperado nos Estados Unidos.
“Apesar do nervosismo em torno da decisão da taxa do Fed daqui para frente, o bitcoin ainda tem uma chance de testar US$ 74.000 no curto prazo”, projeta, em referências às máximas alcançadas pelo ativo em março.
O bitcoin continua desfrutando de vários pilares de apoio, incluindo o chamado halving que deverá ocorrer por volta de 20 de abril.
O halving é uma mudança programática na política monetária do bitcoin que reduzirá pela metade a emissão de novos tokens, restringindo a oferta num momento em que a demanda pelo ativo digital tem aumentado como resultado dos fundos negociados em bolsa bitcoin à vista (ETF).
“Normalmente, nas semanas e meses seguintes aos eventos anteriores de redução pela metade, vemos a redução na emissão de bitcoin resultar em um choque de oferta que, por sua vez, impulsiona o bitcoin e o resto do mercado de ativos digitais para cima”, disse Jess Houlgrave, CEO do grupo de tecnologia blockchain WalletConnect.
“Espero que algo semelhante aconteça desta vez também, mas como a demanda agora é tão alta, há potencial para um rompimento mais sério”, afirma.